Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
Por aí há algum tempo, ganavya começou a ganhar destaque no final de 2023, quando surgiu em palco na aclamada noite organizada pelos Sault em Londres. Seguiu-se um álbum, o primeiro em seis anos, Like The Sky I’ve Been Too Quiet, editado na Native Rebel Recordings, editora de Shabaka Hutchings, onde contava com a colaboração do próprio, Floating Points e Carlos Niño. Foi o álbum de 2024 para Gilles Peterson e entrou em várias listas dos melhores. “Nilam”, editado em Maio de 2025, é co-produzido por Nils Frahm. Acaba-se agora com o name dropping, ganavya é o que é por direito próprio. O name dropping só denota como a delicadeza quieta da sua voz tem conquistado o mundo da música.
Norte-americana, vida entre Nova Iorque e Califórnia, ganavya não se formou em música - mas formou-se numa miríade de outras coisas, seja teatro ou psicologia. Isso não a impediu de ser multi-instrumentista. O percurso tem sido ascendente - como deve ser -, apesar da distância já referida entre álbuns - seis anos -, ela não tem parado na última década, entre música, filmes, ou a criação de peças com 64 horas de duração. Uma coisa é muito óbvia no som que produz: é claro. E a clareza vive de muita coisa, da transparência, da frontalidade, e de ideias diretas que não receiam falar do mundo como ele é hoje. Uma boa porta de entrada para o universo de ganavya é a sua <a href="https://www.youtube.com/watch?v=t_sEX0yU55w">atuação na KEXP</a>: somos levados pela sua música, ficamos rendidos pelas respostas e introduções às músicas.
Eis uma voz que ocupa o mundo, porque faz parte dele, quer ser parte dele. Quer que façamos parte dele. “Nilam” é esse testemunho, um álbum onde prossegue com a candura de um jazz que segue a tradição de Alice Coltrane, que se completa com uma voz sagrada, que não parece deste mundo pela forma como nos faz estar em cada palavra, em cada som que essa palavra transmite e como e o que comunica. Há algo de além-mundo nisto tudo. O sagrado e o cosmos unem-se para que exista algum sentido para a forma como ganavya canta e toca, como se o tempo se pudesse mover noutro tempo. Pode, agora sabemos, na música de ganavya. AS
Abertura de Portas
21:00
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