Promotor
Câmara Municipal de Setúbal
Sinopse
"A Judia" é um espectáculo híbrido de teatro-música que expande a colaboração entre o compositor Kurt Weill (1900-1950) e o dramaturgo Bertolt Brecht (1898-1956), ao contextualizar um programa de peças musicais de Weill incrustadas na cena A judia, da peça de teatro Terror e miséria no Terceiro Reich, de Brecht. O cuidado na seleção das peças musicais, e o seu posicionamento estratégico em momentos específicos do monólogo (mais tarde tornado diálogo), resulta numa dramaturgia que é mais do que a soma das partes que a constituem. As peças musicais de Kurt Weill permitem que vislumbremos cenas da história do casal e o tumulto interno desta mulher que, no auge da propaganda hitleriana e por amar o seu marido, decide deixá-lo. Um olhar brilhantemente sagaz às formas como as políticas do ódio podem invadir o dia-a-dia mundano dos cidadãos comuns. Judith era uma esposa amada, uma amiga, uma jogadora de bridge e uma dona de casa, mas neste caso é reduzida à unidimensionalidade de judia. Jorge Balça desenvolveu durante mais de duas décadas e meia — predominantemente em Londres, Portugal e Amsterdão — um vasto portfólio profissional e uma combinação única de aptidões, enquanto encenador, locutor, formador e investigador académico. Em 2008 a sua produção de A cantora careca, de Ionesco, foi distinguida com o prémio Critics’ Choice pela Time Out de Londres. Foi durante três anos director artístico da companhia Bloomsbury Opera, sediada no Reino Unido.
Ficha Artística
A partir de: Kurt Weill e Bertolt Brecht | Encenação e dramaturgia: Jorge Balça | Direcção musical: João Paulo Santos | Cenografia, figurinos e caracterização: Nuno Esteves (Blue) | Interpretação Lara Martins (actriz), Miguel Fernandes (actor), João Paulo Santos (piano) | Co-produção: A COMPANHIA DE TEATRO DO ALGARVE / TMJB